Apesar das ameaças às quais o território está sujeito, entre as quais os incêndios florestais, a poluição e a destruição de habitats, a Área Metropolitana do Porto surpreende pela biodiversidade que alberga.
Não é por acaso que 13% do território metropolitano integra a rede ecológica da União Europeia – a Rede Natura 2000. São cinco sítios (Barrinha de Esmoriz, Rio Paiva, Serras da Freita e Arada, Serra de Montemuro, Valongo) onde estão representados 36 habitats destacados, entre os quais os carvalhais, as florestas ribeirinhas de freixos e amieiros, os charcos temporários, as lagunas costeiras e as dunas móveis.
Estes habitats albergam muitas centenas de espécies de fauna e flora mas salientam-se 26 mais importantes para a conservação da natureza na Europa.
Entre estas destacam-se as espécies de fauna endémicas da Península Ibérica, como o Lobo-ibérico, a Salamandra-lusitânica, o Lagarto-de-água, o Bordalo, o Barbo-do-Norte, bem como algumas plantas também ibéricas, tais como os Martelinhos (espécie muito rara e em perigo de extinção) e a Jasione lusitanica, uma planta típica de areais. O Lobo-ibérico tem na Área Metropolitana do Porto o território onde vive a única população a sul do Rio Douro.
São ainda notáveis as relíquias como o Feto-filme e o Feto-de- cabelinho, verdadeiros “dinossáurios das plantas”. Estas são espécies típicas da floresta que cobria a Europa antes da última glaciação. São raras na Europa Continental e em Portugal só existem na Área Metropolitana do Porto.
Mais informação no Retrato da Biodiversidade na Área Metropolitana do Porto.
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